Capitulando – Capitulo Um: Admirável Mundo Novo – Aldous Huxley

Capitulo Um: Admirável Mundo Novo – Aldous Huxley

Sinopse

“Ano 634 d.F. (depois de Ford). O Estado científico totalitário zela por todos. Nascidos de proveta, os seres humanos (pré-condicionados) têm comportamentos (pré-estabelecidos) e ocupam lugares (pré-determinados) na sociedade: os alfa no topo da pirâmide, os ípsilons na base. A droga soma é universalmente distribuída em doses convenientes para os usuários. Família, monogamia, privacidade e pensamento criativo constituem crime.
Os conceitos de “pai” e “mãe” são meramente históricos. Relacionamentos emocionais intensos ou prolongados são proibidos e considerados anormais. A promiscuidade é moralmente obrigatória e a higiene, um valor supremo. Não existe paixão nem religião. Mas Bernard Marx tem uma infelicidade doentia: acalentando um desejo não natural por solidão, não vendo mais graça nos prazeres infinitos da promiscuidade compulsória, Bernard quer se libertar. Uma visita a um dos poucos remanescentes da Reserva Selvagem, onde a vida antiga, imperfeita, subsiste, pode ser um caminho para curá-lo. Extraordinariamente profético, “Admirável mundo novo” é um dos livros mais influentes do século 20.”

O primeiro capitulo retrata um passeio mostrando o processo de criação dos humanos em laboratório, o chefe explica cada etapa aos estudantes todo orgulhoso do trabalho que realiza.

Minha opinião: Estou pirando! Que capitulo foi esse, reprodução em massa de humanos em laboratórios? Parece coisa demais para a minha cabeça, mas estou mega curiosa com o próximo capitulo!

Quero entender essa necessidade, porque passou a ser desta forma, que benefícios ou malefícios isso trouxe, quais os problemas que levaram a esta solução?

Somos seres selvagens e devemos ser controlados de todas as maneiras possíveis? A ponto de termos nosso comportamento e lugar na sociedade determinado e estabelecido?

Que venham os próximos capítulos!

Boa Leitura!

Taís Caires

 

 

 

29 comentários sobre “Capitulando – Capitulo Um: Admirável Mundo Novo – Aldous Huxley

  1. Thiago Galeno disse:

    Antes de mais nada, perdoem a minha escrita: meu computador está meio bichado.
    Antes do início do livro, Audous Huxley nos prepara para o porvir, investe algumas páginas comentando sobre o cenário político de sua época e que fomenta o universo que cria em sua obra.

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  2. Ni Aleixo disse:

    Olá, lesse livro quando tinha treze anos, nos anos noventa ler sobre a fabricação de seres humanos era algo tão tão distante. Relê-lo agora é um assombro, tenho a impressão de que se passaram muito mais do que trinta anos. Será um exercício desafiador ler o mesmo livro e sentir tudo diferente.

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  3. taaiscaires disse:

    E que devaneio. Ponto interessante Thiago. Imagino que quem o leu quando foi publicado acreditava que o autor era um doente mental ou usou de drogas ilícitas e escreveu o livro. Porque até hoje não é possível de tal forma, mas já é algo discutido.

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  4. Regina Reinhardt disse:

    Acho que estamos vivendo isso atualmente, a “fabricação de seres humanos” quantas crianças já nasceram através de métodos de inseminação? Quantos casais “convencionais” e vários outros tipos de casais com problemas de fertilidade ou mesmo mulheres sem laços afetivos procuram hospitais, clínicas, etc, a fim de formarem uma família? A meu ver, milhares em todo o mundo, apenas não conhecemos estes índices. è uma fábrica de seres humanos, escolhem as características dos bebês, o sexo, etc. Não é um processo natural, mas é válido e aceito na sociedade. Não é o contexto que mostra no livro, mas é um processo que já existe. Ni, aqui tem discussão pra mais de metro….kk

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  5. Thiago Galeno disse:

    Ni, creio que não estamos muito distante.
    Desde que haja uma real necessidade social, talvez a necessidade faça as pessoas negligenciarem a ética. Existe um filme onde clones idênticos são criados com o intuito de utilizar seus órgãos, mas obviamente só quem tem muita grana consegue comprar um clone.
    Salvo engano o nome do filme é: A ilha.
    No primeiro capitulo houve algo que saltou aos meus olhos: Um homem que sabe absolutamente tudo sobre o processo de criação dos novos seres (receio chamá-los de humanos sem ter lido mais do livro), vai descrevendo o passo a passo para os estudantes. O de longe mais curioso é a forma como o autor narra essa parte, com tanta clareza de detalhes que é possível relamente imaginar o ambiente, mas não imagino exatamente um laboratório, mas um híbrido de laboratorio e fabrica. Fica claro na narrativa que esse lugar funciona tal qual uma linha de produção.

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  6. Regina Reinhardt disse:

    Fiquei pensando a mesma coisa, como o público reagiu ao ler, porque como disse a Ni, envolve muitas questões, principalmente éticas e religiosas e várias que envolvem muitas discussões e pontos de vista diferentes passíveis de discussões mas não totalmente aceitos..

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  7. taaiscaires disse:

    Eu vi um trecho desse filme.
    Realmente Thiago, a descrição dos detalhes parece algo como uma fábrica de seres humanos, e não como temos hoje que são laboratórios. E no livro, parece que não há necessidade de um utero humano. A impressão que passa, é de que são fabricados como um objeto

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  8. Regina Reinhardt disse:

    Thiago tive a mesma impressão que vc sobre a fábrica/laboratório, impressionante os detalhes, parecia que estava observando a cena acontecer, e tb achei que parecia uma linha de produção, principalmente quando comentam sobre uma produção em outro país com úteros femininos de raças diferentes

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  9. Thiago Galeno disse:

    Justamente por conta dessa objetificação dos seres, e pela fabricação extensiva levando em conta as funções a serem exercidas por cada tipo de ser dentro dessa sociedade; é que percebemos a frieza e naturalidade disso dentro dessa sociedade. Tomemos como exemplo os Ípsilons, que são descritos como seres não providos de inteligencia. Todos os seres fabricados passam por adversidades ainda como embriões para que se estabeleçam dentro de uma sociedade onde mobilidade social não existe: cada ser é criado para uma função e para aquela função somente; sem possibilidade de declive ou ascensão.
    Outra coisa que chama a atenção é a produção em massa de gêmeos, assim se tira a individualidade dos seres culminando em uma maior objetificação e subserviência.

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  10. taaiscaires disse:

    Acabei de ler uma sinopse deste outro livro. Um jornalista que vai parar em uma ilha que escapou de ser colônia de paises imperalistas. O livro é basicamente essa entrevista deste jornalista, o representante do mundo ocidental tentando entender como vivem e se relacionam as pessoas da ilha

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  11. Regina Reinhardt disse:

    Exatamente Thiago, ninguém é único, assim ninguém pode ser diferente, todos são iguais e assim são tratados, cada um está onde deve estar e faz apenas o que deve ser feito, não existe ascenção ou declive e cada embrião é condicionado para determinada função. Observou os alunos? Deleitam-se nas explicações do diretor, anotam, observam a tudo quanto lhes é permitido, pois estão na classe social onde é permitido estudar e aprender e provavelmente serão os próximos trabalhadores. Notou como descrevem os trabalhadores? não conversam, não emitem opinião, fazem apenas o trabalho. Como vc disse, subservientes, que obedecem cegamente a tudo quanto lhes foi imposto. E ainda hj não existem pessoas assim? Menos favorecidas, que não tiveram possibilidades de estudar e se desenvolver intelectualmente que trabalham para sobreviver?

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  12. Ni Aleixo disse:

    Observação muito interessante, Regina. Acredito que o meio condiciona o comportamento humano, fala-se da separação da sociedade em castas e a gente se escandaliza quando lê. Só que se observarmos bem, gerações e gerações de pessoas nascem e morrem sem a menor chance de ascender socialmente. Claro que teremos quem argumente contra isso dizendo que há quem vença pelos próprios esforços e blá-blá-blá, mas a verdade é que vivemos todos em uma sociedade de castas.

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